TUDO QUE SOU
Não me considero uma escritora
Acho que sou uma pensante amadora
Coloco em papel palavras aflitas
Para guardar emoções infinitas
Tenho vocabulário restrito
Não sou dada a ler por alta de tempo
Mas gosto de preservar o que sinto
A cada novo momento
Não quero esquecer alegria nem sofrimento
Para que seja tranqüilo seu entendimento
Não quero cultivar ressentimentos
Mas é preciso fortificar meus sentimentos
Assim me sinto mais centrada
E não saio da longa estrada
Não quero ser facilmente levada
Ao abismo da mulher mal amada
Garanto, não é só para guardar meu sofrimento
Minha vida é cheia de emoções
Tenho tambem as boas recordações
Sou esposa, sou mãe, sou filha
Escritora para a minha família
Sou professora e aluna aflita
Para alguns posso ser até inimiga
Para outros uma boa amiga
Para muitos sou simplesmente nada
Mas o que conta é a minoria selecionada
Posso até ter a língua afiada
Mas minha sinceridade tem sido admirada
Guardo no peito coisas que não consigo falar
Escondo em palavras, eternos e brutais sentimentos
Teimosos em me consumir, me atacar
Escrevendo torno mais ameno, esses meus momentos