VALEU

Eu fui um menino peralta e traquino

Vivia ralado e cheio de energia

Ganhava uns trocados da dona "AURORA"

Pra ir à farmácia ou na padaria

Papai dava duro serviço pesado

Cansado coitado nunca reclamava

Mamãe se virava, lavando pra fora

Nesta pasmaceira a vida era brava

E a minha irmã mais nova que eu

Chinelo de dedo, pobre coitadinha

Que pra dona "OLGA" doceira prendada

Vendia na praça, pastel e coxinha

Que vida malvada pobreza danada

Mais a ser honesto,papai ensinou

A gente rezava pra tudo que é santo

Na luta e nas provas, Deus nunca faltou.

(Idal Coutinho 1988)

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 29/12/2011
Reeditado em 05/01/2012
Código do texto: T3412183
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