VALEU
Eu fui um menino peralta e traquino
Vivia ralado e cheio de energia
Ganhava uns trocados da dona "AURORA"
Pra ir à farmácia ou na padaria
Papai dava duro serviço pesado
Cansado coitado nunca reclamava
Mamãe se virava, lavando pra fora
Nesta pasmaceira a vida era brava
E a minha irmã mais nova que eu
Chinelo de dedo, pobre coitadinha
Que pra dona "OLGA" doceira prendada
Vendia na praça, pastel e coxinha
Que vida malvada pobreza danada
Mais a ser honesto,papai ensinou
A gente rezava pra tudo que é santo
Na luta e nas provas, Deus nunca faltou.
(Idal Coutinho 1988)