Mãos.
Aquelas mãos que outrora
Buscavam carinhos meus,
Não são as mãos que agora,
Acenam dizendo adeus.
Não são as mãos que um dia
Apertaram-me em seu peito,
Quando em amor eu ardia,
Na imensidão do seu leito.
Que minha voz sufocavam,
Ao me envolver em abraços.
Juntas em preces oravam,
Me acalentando em seus braços.
Que hoje negam carinho,
E já nem querem me ver,
Que me abandonam sozinho,
E me condenam a sofrer.
Não são as mãos carinhosas,
De quem me ofertou uma flor.
Nem são as mãos caridosas,
Que um dia me encheram de amor.