TEU GOSTO...
Trago ainda teu gosto na boca;
viciada em ti, bebo todo mel!
Presos assim, nesta dança louca,
despidos sim, de todo nosso véu,
e a alma lavada com a seiva doce,
enroscados na luxúria do amor.
Trêmulos de desejos, e que fosse
sempre, com este mesmo ardor...
Unindo no beijo... Lábios selados,
Unindo no beijo... Lábios selados,
os corpos se fundem na louca paixão
do prazer... Nossos doces melados,
resultado desta imensa excitação...
Percorremos caminhos percorridos,
bebendo do amor, a seiva e o suor.
Ninguém ganha ... Somos vencidos...
Desta contenda, temos o melhor...
Desta contenda, temos o melhor...
Sinto esta imensa invasão no paladar,
Não demora e já me faço entendido,
É que a mente insiste em rememorar,
O teu sabor de a muito tempo adormecido,
Tive um sonho que me trouxe teu frescor,
Nas salivas que brotaram em minha boca,
Como fosse um refinado dos licores,
A degustarmos de maneira absorta.
Descansado deste embate inicial,
Onde as juras superaram as ações,
Voltaremos para a zona de combate,
Mas as armas nos farão dois brincalhões,
Trocaremos as caricias mais intensas,
Extrairemos das colméias o nosso mel,
Eu prometo que o meu você não vence,
Já de você, quero sugar todo a granel.
Boa noite Nana Okida, eu não tenho as palavras exatas para qualificar a sua criação poética, então vou fazer o atalho que se usa habitualmente, seu poema ficou magistral e novamente a minha alma poética sentiu-se compelida a itera-lo, e assim o fiz, mas você já conhece bem as regras. Parabéns pela sua sutileza poética intrínseca em cada verso deste seu trabalho literário. MJ.
Olha Miguel, chorei de emoção quando li os teus versos, ficaram tão perfeitos que emolduraram de forma magistral a minha singela página. Obrigada de coração. Beijos!