Memórias de um poeta (1 de 4)
I
Do pó fomos feitos,
Ao pó,portanto,voltaremos.
Mas para que tantas brigas?
Qual o motivo de tanta cofusão?
Os pais,hoje, brigam na frente dos filhos,
Sem nem ao menos pensar no adulto que serão amanhã.
Eles parecem despreocupados com o psicológico,
Não pensam no depois, são inconsequentes.
Brigam entre si e até ocorrem ameaças,
O filho assiste a tudo angustiado.
Mas não tem o que fazer,
Senão assistir à terrível cena.
Seu pai batendo em sua mãe,
Ela chorando e o ameaçando.
Em momento algum eles parecem pensar no filho,
O inocente que sofre com o que vê.
Em momento algum eles mostram preocupação.
Mas a criança está ali,
Com seus olhos amedrontados,
Sem atitude alguma,mas com medo,angustiada.
Esta não raciocina,não mede seus atos.
O que será desta amanhã?
Prévia parte II-a injustiça gera revolta e reflexão.Será que esta criança agirá como as outras, ou será que ela irá se transformar em algo que assustará até mesmo os seus pais?
A.ferraz 2007