Rimas às avessas
Porque não começar pelo início, diz o filósofo,
Isso tirei da moringa, da cabaça, da cabeça,
É pra ti dra. Regina, não, pra dra. Cristina, confusão,
Um diz fosque, outro forfe, outro fosfo: apagaram o fósforo.
Mandei o jovem a porta cerrar, não serrar a porta,
Vendi os abacates da corte, não autorizei o corte do abacateiro,
Comemos a manga, regacemos a manga, manga de cano,
Ele manga de nós, chuva de manga, porca de ferro, leitões da porca.
Num jornal vi escrito beneficiente, erradíssimo,
O correto é, e na dúvida vá ao pai dos burros, beneficente,
Obrigado professor Fajardo, idem senhor Pimenta, jandaienses,
Somac é uma loja, Somabe é entidade beneficente, não fiques parado.
Corpo discente, são os alunos; docente, os professores, sem confusões,
Quem sou eu pra ensinar professor e doutor, já os são de cátedra,
Não sejamos vigaristas, porque, no bom sentido, vigário o padre o é,
Solimões é um dos formadores do Rio Amazonas; na caipira, só limões.
Muitas pessoas gostam de águas quentes, pra as energias recuperar,
Outras gostam de águas quentes e aguardentes, estas últimas, matam,
Diz o velho ditado, não o deitado: tanto faz dar na cara, com na cara dar,
Fiz a aposta, mas a resposta você camarada é quem vai proporcionar.
E para terminar pelo fim, como comecei, pra serra deveria voltar,
Serra da Camonga, Serra de Petrópolis, não do “Petróleo”, mãezinha,
Pois sei que tudo que sobe, desce; tudo que nasce, morre, um dia encerra,
Lula lá só os Gonzagas, o cantor e o meu cunhado, em Serra iremos votar.
Autor: Ponga, email: adionesgsilva@pop.com.br, tel.: 43-3432-8613-Jandaia do Sul - PR
Membro da Sociedade dos Poetas Jandaienses – SPJ, Março/2006/doc.017