ENTARDECER - Neila Costa

Nesse rubro entardecer de verão

Observo as gaivotas que rasgam

O deserto do céu e no seu repentino

Planar sobre o mar mergulham entre

As ondas e recolhem seus alimentos.

Meus olhos fixos no ar

Pela maravilhosa pintura

Começam a bailar aos movimentos

Mutáveis do magnífico mar.

Surpresa a brisa me chega suave

E de mansinho acaricia meu rosto,

Rouba e aquece o frio do meu coração.

Num pulsar de sopro que sai do meu soluçar

As lágrimas em ondas começam a me banhar,

Quando não mais vejo o sol que estava a me aquecer.

Na areia começa a se formar

A sombra da noite que sobre ela

Descansa o meu fatigado corpo.

As ondas do mar enfim

Sob o véu da lua cheia, repousam,

E as estrelas tímidas saltitam saudando

A lua que novamente reina soberana.

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 01/08/2006
Reeditado em 03/11/2009
Código do texto: T206620
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