TOADA DE FINADOS
Existe tempo de lembrar
os mortos que gritam alto,
mais alto do que os vivos
que apenas murmuram.
Os vivos sussurrantes
já se quedam tão mortos,
pela sua indiferença,
que preferível é gritar
pela memória histórica
do fundo de uma tumba.
– Como gritam Cristo, Marx,
Che Guevara e nossos parentes
e amigos, que hoje vociferam
em grande e doída saudade.
Fort., 2/11/2009.