Sr Cídio
Senhor Cídio era um homem que em sua juventude, foi tímido.
Era alto e bonitão,
mas sua beleza, enganação.
Foi, sem dúvida, um vencedor,
porque soube, o que queria;
fez da vida, uma batalha,
mas na morte uma fornalha.
Soube ter filhos, fez a prole,
casou-se, e pouco enamorou-se,
teve sucesso
mas seu fracasso, lhe retirou o que há de verso (di-verso?)
Sua poesia não existia,
e sua morte sempre ele quis
não disfarçou; ninguém soube!,
até que um dia, encurralou-se
foi assim, em sua vida, que teve estrada
teve sonhos, teve desejos, e suas fantasias que só foram mal-amadas
pode ser, que eu esteja errado,
narrando sua trajetória,
mas bem quero afirmar, que isso aqui não é somente uma pura da oratória
não tem interesse em se querer
não menos, em não, não querer.
É com versos, que disfarçamos
o difícil no escrever
a morte foi sua gratidão
mesmo assim, sua paixão
Sr Cidio, que ele é,
só nos deixou o que não é
Talvez por isso, Sr Cídio
cintilou meu coração
mas sua morte, que não é divina
é tão pouco uma desatina
Mas fez nó, porque enrolou
e não adianta brincar com a vida
porque os pecados só nos mostram
o horror
fugir da vida é fuga pobre
que nem cão há de fazer
porque a coragem, é também o nosso temer
Se não temos, por que vivemos?
A vida, é sempre de valentes.
Que não morrem, por acaso,
menos ainda, se dão ao descaso...