Fantasia de Um Velho Marinheiro
Fantasia de Um Velho Marinheiro (29)
Um certo dia juntei dinheiro,
Para realizar um sonho antigo,
Como tinha alma de marinheiro!
Comprei um barco veleiro,
Nele fiz a minha casa e abrigo!
Consultei a agulha de marear,
Rumei directo ao oceano,
Desfraldei o pano par navegar!
Ligeiro singrei nas ondas do mar,
Apanhado pela borrasca colhi o pano!
Enfrentei tempestades traiçoeiras,
As ondas brincavam com o barquinho,
Mas nunca perdi as estribeiras!
Eram ondas alterosas quais cachoeiras,
Quase afundavam o veleiro velhinho!
Persistente neste mar profundo,
Batido por ventos muito fortes,
Assim fui correndo mundo!
Neste mar eterno sem fundo,
Causador de desgraças e mortes!
Apanhei tempestades e bonança,
Contemplei quadros maravilhosos,
Marinheiro que vai nesta andança!
Ruma sempre; não perde a esperança,
A natureza tem coisas caprichosas!
Passei muitos dias a navegar,
Sempre indo de porto em porto,
Cansado então, resolvi parar!
Chegou a velhice, passei a recordar,
Marujo terminou com orgulho e gosto!
J. Rodrigues 15/07/2009