Ciranda da alma

Deixe-me em mim, a sos com a minha alma

perambulando no rio de minhas velhas veias

Há tanto a explorar dentro de quem se ama,

Não hesito perder6me nas dulcíssimas teias!

Minha alma missionária almeja discernir

o tudo na iniqüidade do meu nada ser,

caminhante peleja o infinito prosseguir,

rindo entre soluços para um dia crescer,

Busca trocar nos tempos as suas peles

Pela sensibilidade incabível na treva,

enquanto repele a luz quaisquer males

toda a verdade em ação a luz me eleva,

Ciranda de longe, amanhas futurecendo,

Esta alma e sedenta clama aprovação

Dos Mistérios do balsamo enflorescido,

E estações perambula movida a adoração

Barquinhos chegarão, outros partirão

Sabe so Deus qual chega e qual parte,

na ciranda de lidas que tanto se reparte,

aos céus idos e vindos, os bons tornarão!

Grenoble-Fr-04/06/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 04/06/2006
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