Cru
No chão riscado de giz
Haviam sorrisos
No rádio velho do quarto
Tocavam músicas poéticas
Tocavam rocks modestos
Tocavam piadas divertidas
Na foto rasgada no lixo
Haviam brilhos nos olhos
Na pele branca e fria
Havia tatuagem infinita
No celular velho guardado
Continham mensagens bonitas
No copo quebrado no chão
Havia vinho manchado
Nos lençois sujos rasgados
Continham segredos carnais
No coração de novo moldado
Não existe mais
O amor que jurava imortal.