FECHO OS OLHOS

Com a mão se constrói

Com a mesma se derruba

Sentimentos sem dor

Não necessitam de cura,

No horizonte da memória

Sinto-me vago, sinto-me vazio.

É como se eu fechasse os olhos

E o meu passado não existisse,

Tenho vagas lembranças

Recordações quase apagadas

Olhares distantes e frios

Brigas sem sentido,

Vejo ao longe o pôr do sol

E admiro sua beleza

Pura e simplesmente

Capricho da natureza,

A leveza dos movimentos

O contraste das cores

Seu perfume contagiante

E seus raios deslumbrantes,

Afogo-me na solidão

De pensamentos inexistentes

Percebo além do meu alcance

Verdadeiros remanescentes,

A atração inconfundível

Desta tarde de verão

Ar puro e alegria

Desanuviaram o meu charmoso coração.

Jose DaSilva
Enviado por Jose DaSilva em 21/02/2009
Código do texto: T1450890
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