A face de um desejo

Não se esquece aquele face,

Que ficou marcada na retina,

Quimera estonteante;

Que envolveu um dia seus desejos.

Uma noite que breve passou,

E morreu tão breve como aconteceu,

Mas deixou a incerteza de uma

Figura nefasta confusão.

Bagunçante e dançante,

No embalo de uma orquestra meio afinado,

Um talvez falso delito d´alma,

Porém se fez necessário pr´aquele

Ego maldito, de sorte grande

De ainda tê-la novamente encontrado

Os ardilosos braços.

Que embora ostentasse

Um olhar sofrido e tristonho,

Pôde mais uma vez perdoá-lo e abraçá-lo.

J F de Sá
Enviado por J F de Sá em 23/12/2008
Código do texto: T1350069
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