Ciranda

Quando aparece o Joãozinho,

Ao seu lado esta Mariazinha,

Parece bem bonzinho bonzinho,

Ela também esta bem quietinha.

Ele segue jogando seu milho,

Pra não se perder na estrada,

Mas o dia já perdeu seu brilho,

Pássaros comem a cada jogada.

Eles foram muito bem atraídos,

Com muitos doces e muita gula,

Eles estavam bem distraídos,

A bruxa a tempo os especula,

Num grande caldeirão fervente,

Sua grande sopa ela prepara,

Primeiro o Joãozinho somente,

De Mariazinha ela o separa.

A bruxa quer encher a barriga,

Com os dedos deste pequenino,

Comer bastante ela o obriga,

Fico com pena deste menino.

Com audácia ele fica quietinho,

Aproveitando da sua cegueira,

Pega um rabo de um ratinho,

Dando na bruxa grande canseira.

Ela logo lhe descobre o segredo,

Mas Joãozinho é muito valente,

Da bruxa não tem nenhum medo,

Foge correndo muito de repente.

No caldeirão ele a bruxa empurra,

Ela cai dentro de forma grosseira,

Ele quase que leva uma bela surra,

Não ligue...é tudo uma brincadeira.