ARCO-IRIS SAPÉQUINHA

Sou atrevidinho, escondo, apareço,

não gosto dos trovões das chuvas,

nuvens negras logo me afasto delas,

e quando as tempestades desabam,

evaporo para não perder minhas cores.

Espero que as chuvas se afastem,

para em novos lugares irem desabar,

e trazerem vidas às plantas exauridas,

que precisam de viço para sobreviver,

com a natureza em festa então sorrir.

Espio para ver o sól que se escondeu,

e seus raios entre as nuvens aparecer,

e querendo brincar como criança sapéca,

vou lançando arco-iris de todas as cores,

que num arco majestoso no céu irá surgir.

Lá longe onde a chuva então descansou,

cores brilhantes vão aos poucos se formando,

verde, amarela, laranja, até o azul do céu,

adquirem intensidades com o sól me banhando,

e todo vaidoso exibo então minha graciosidade.

Não tenho vida longa para minha existência,

mas todos contemplam minhas formosuras,

e das crianças é que recebo todos os mimos,

pois extasiadas querem até à mim chegar,

querendo brincar de pintar todas minhas cores.

Sou sapéca até nas cachoeiras tão lindas,

que do alto despencam todas suas graças,

como véu de noiva esvoaçando ao vento,

e me infiltro nos raios de sól entre as flores,

para arco-iris nas águas claras então formar.

Para que minha existência nunca se acabe,

e continuar a pintar o céu com lindas cores,

quero parcerias com chuvas, flores, crianças,

e o sól para poder exibir minhas graciosidades,

com a natureza amiga onde quero me abrigar.

06-03-2010