MENINO... MENINÃO?
Menino danado sapeca eu fui.
Desenfreado pela vida eu corria
Não deixei uma árvore sem subi-la
Nem um telhado sem a minha marca
Deslizei pelas areias alvas de praias negadas pelos pais
E por sítios e paragens cheirosas de mato verde.
Dia de sumir de casa, comendo apenas manga verde
Pelos quintais dos vizinhos.
Que delícia, o frescor e a liberdade batendo-me no rosto.
A cabeça fresca que nem em namorada pensava.
Menino travesso eu fui, mas que gostoso.
Escondia-me quando chegavam às reclamações,
Já fugi muito para não tomar surra.
Quebrava a cabeça do amigo; bem quase amigo
Que morava na outra rua, por causa de pelada; pelada
Pelada jogo de bola ora, eu era menino rsrsrsrsrr...
Também pungava nos ônibus que andavam a 20 km/hora
Na verdade o nome era marinete, e quando caia
A estrada arrancava os tampos dos joelhos braços etc.
Mas fui muito criança, estudava, e gazeava aula,
Era também apaixonado por minha professora Zezinha, até hoje.
Menino meninão tomei muito cascudo, brinquei de tudo
Banhos em cisternas e poços de águas barrentas
E dias sem querer tomar banho, só de pirraça
Só lavava os pés.
E sempre era mandado estudar mais... por quê? Não entendia.
Menino fui e no meu tempo não tinha dia das crianças,
Dia do aniversário e já estava muito bom, rsrsrsrsrsrsrsrsr
E assim foi; o restante da história está toda contida no meu subconsciente
Mas quem agüentaria se eu fosse contá-la toda aqui agora.
Como as brincadeiras de médico, com a bicicleta, a atiradeira a casa da tia, rsrsrsr etc!!!
Saúdo as crianças, saúdo a criança que sou nos meus momentos de lazer
Nos relaxamentos da minha alma
Criança sempre criança.
Hoje já com seu dia!
Hoje com mais esperança,
Hoje com mais amor,
Hoje com mais mundo pra conquistar.
Um beijo em todas as crianças do mundo.
Salvador, 12/10/2008
Do meninão, Barret.