A Velha Raposa Manhosa!
A Velha Raposa Manhosa! (222)
Uma velha raposa, manhosa,
Que andava, muito esfomeada,
Foi espiar, muito cuidadosa!
Por má sorte, podia ser apanhada,
Pois, era esperta e cautelosa!
Decidiu-se, a raposa matreira,
Entrar, numa propriedade,
Que tinha, uma grande capoeira!
Onde poderia, comer à vontade,
Patos, ou a galinha gorda poedeira!
Então, numa noite sem luar,
Foi sorrateira, olhando com atenção,
Sem fazer ruído, para não alarmar!
Tentaria então, entrar no galpão,
Encostada a porta, bastava empurrar!
Mas estava, o alarme armado,
Ao entrar alarmou, causou alvoroço,
E todo o mundo, ficou assustado!
Quase ficava presa, pelo pescoço,
E o galo, acordou ensonado coitado!
Na capoeira, houve grande rebuliço,
Piavam, arrufavam, cacarejavam,
Dando na raposa, pelo toutiço!
E de fora, eram os cães que ladravam,
E o dono saiu, para saber do enguiço!
Vendo-se perseguida, coitada,
Fugiu a raposa, esbaforida,
Estalaram tiros, fugiu assustada!
Dizendo males, de sua vida,
E ficou mais uma noite, esfomeada!
J. Rodrigues 20/07/2008