IN MEMORIAM AO CAMPEÃO DE CÁPUA

(Homenagem ao ator Andy Whitfield, da série Spartacus, que morreu de câncer no auge de sua carreira.)


A morte!
Toda carne terá um encontro com ela
Todo homem terá que se sentar de frente e encará-la
Um dia... com uma entrevista mortal
Isso mesmo... ela vai querer tirar sua vida
E a morte na vida é como uma bala perdida
INUSITADA...
que vai ao léu e escolhe ao esmo.
O suicida, seu maior simpatizante,
que aquela talvez não escolha para ser o seu amante.

Porém... talvez...
escolha um herói... um valente.
Quem sabe o campeão de Cápua.
Um câncer letal,
violento que consome por dentro.
No ápice da vida ser pescado,
recolhido do meio dos vivos.

Ter (agora) uma morte AGENDADA,
então, o inimigo é o tempo.
Daí a briga é com o relógio
Os ponteiros assassinos correm como o vento
Os grãos da ampulheta vão caindo e se diminuindo
É nadar contra a forte maré
É a correnteza que cai no despenhadeiro
É um livro escrito pela metade
O fim que se acabou pelo meio

INUSITADA ou AGENDADA,
a morte interrompe planos e sonhos.
Nesta viagem tudo é deixado para trás;
não se leva nada,
só o que ficou incrustado na alma.

Aos que ficam,
esperarão que aquele que jaz,
encontre descanso
e tenha a verdadeira paz.
Mas sem Cristo... aí fica difícil.






 

Nota: Tem (ou tinha) um documentário na Netflix (Be Here Now) contando a luta deste ator contra o câncer, mas que acabou perdendo essa luta.
O rei Salomão disse ser melhor ir a um velório do que um churrasco (traduzindo para nossa linguagem). Porque onde se está velando um morto, ali se vê o fim de toda vaidade e que não se leva nada. A morte traz reflexão.
Ontem foi o sepultamento de um amigo e irmão, João Paulo. Faleceu depois de envolver-se num acidente de moto com um ônibus. Rapaz jovem, 34 anos.
Faço essa homenagem (ao meu amigo) trazendo essas reflexões sobre a morte em alguns poemas.
 

-In memoriam ao campeão de Cápua
-Morte
-No corredor da morte (a vida de Marcos Archer)
-Vida
-Na Cidade da Reflexão