O ARREPENDIDO
Meu Deus, sem ti a vida não tem graça.
Não consigo escapar dos delírios.
Sou um escravo do vício no vermelho.
Sem esperança, nas garras da besta.
Oh! tenho saudade de suas graças,
que esquentavam minhas veias frias.
Traziam paz nas noites e nos dias.
Estou caído em melancolia,
meu sentimento vira poesia.
Perambulando sem destino e a toa,
sem paz ou alegria,
me sinto como uma pena de ganso
sendo levada pela ventania.
Meu Deus, preciso da tua graça
Quero te adorar, Deus, me dê graças
Dai-me forças, também sabedoria,
me aqueças na noite, também no dia.
Te neguei e arrependido te procuro.
Volte a ser a luz que me guia no escuro.
Estou ajoelhado no banco da praça,
um desviado implorando sua graça.