Filho de Timeu
Qual Bartimeu,
Sentado à beira do caminho,
Cá estou eu,
A mendigar a atenção
Da passante multidão.
Ao ouvir o teu nome, grito:
Jesus, tem compaixão de mim!
Recriminam-me, porém, insisto:
Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Hoje, meu caminho é escuridão.
Vivo à margem, não tenho visão.
Tu paras e me chamas.
Os outros me encorajam.
Largo tudo e salto em tua direção.
Perguntas: que queres que te faça?
Que eu veja novamente, respondo.
Pois sem te olhar,
Não posso caminhar.
Preciso ver-te andar à frente.
Que eu enxergue as tuas pegadas!
Pois, quem não vê a tua luz,
Não consegue te seguir
E, tão pouco, percorrer
O teu caminho de cruz.