Filho de Timeu

Qual Bartimeu,

Sentado à beira do caminho,

Cá estou eu,

A mendigar a atenção

Da passante multidão.

Ao ouvir o teu nome, grito:

Jesus, tem compaixão de mim!

Recriminam-me, porém, insisto:

Filho de Davi, tem compaixão de mim!

Hoje, meu caminho é escuridão.

Vivo à margem, não tenho visão.

Tu paras e me chamas.

Os outros me encorajam.

Largo tudo e salto em tua direção.

Perguntas: que queres que te faça?

Que eu veja novamente, respondo.

Pois sem te olhar,

Não posso caminhar.

Preciso ver-te andar à frente.

Que eu enxergue as tuas pegadas!

Pois, quem não vê a tua luz,

Não consegue te seguir

E, tão pouco, percorrer

O teu caminho de cruz.

Frei Michel da Cruz
Enviado por Frei Michel da Cruz em 16/12/2010
Código do texto: T2674310
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