Da Opressão à Grande Vitória
Os meus amigos me abandonaram,
Censuraram-me e me discriminaram,
E tu, meu Senhor, não me desprezaste!
Foram para longe, os que me cercavam,
Quando se ausentavam, de mim zombavam,
E tu, Senhor, ao meu lado ficaste!
Aqueles que me viam defiando,
Deixaram a doença me matando;
A tua mão não me deixou sozinho.
Enquanto com palavras me feriam,
Provocando males que me afligiam,
Tu me falavas com terno carinho.
Eu quando mais precisei dos amigos,
Proferiram pra mim cruéis castigos,
Mas o teu braço forte me alcançou.
Não compreenderam a minha dor,
Ao me afligir esqueceram o amor,
Mas o teu Espírito me abraçou.
Viam-me com olhos envenenados,
Quais víboras de solos causticados,
Mas tu me guardaste, pois és meu Deus.
Deixaste-me sofrer por tua glória,
Preservaste-me para dar-me vitória,
E pra que falasse dos feitos teus.
Eu não os tenho por meus inimigos,
Não peço que os dê amargos castigos,
Mas das tuas bênçãos e, sem medida!
Para juntos a ti cantarmos louvores;
Sem pensar em males nem dissabores,
Bem alegres porque tu me deste vida.
Sebastião Barros
18/04/2010