A Morte não Roubará a Glória

O Soberano e altíssimo Deus do universo,

Permite que aconteçam coisas tão chocantes,

Que em muitos, chega até provocar levantes,

Sendo taxado de um deus bastante perverso.

Ainda que acontecimentos horripilantes

Coloquem-nos em profundos males submersos,

Poderíamos tornar tais fatos em inversos

E mudar más situações, em boas, em instantes?

O grande Deus exerce a permissividade,

Mas permitir não é querer que o mal aconteça.

Ainda que em desastres o humano pereça

Não passa no coração de Deus essa vontade.

É necessário pormos em nossa cabeça

Que das circunstâncias vem à fatalidade.

Vivemos na terra, no campo ou na cidade,

Sempre sujeitos que o mal nos apareça.

O criador é o oleiro que faz como bem quer,

O vaso que faz não lhe pode perguntar:

Por que não me fizeste pra nunca quebrar?

E por que não posso estar onde bem quiser?

Se nós pudéssemos o criador subjugar

E ordená-lo a nos livrar do cruel sofrer,

Ele estaria sujeito ao nosso vil querer

E faria o que quiséssemos determinar.

Mas em meios aos prazeres da vida moderna,

Nós precisamos conhecer que o Deus Criador,

Pode, se quiser, dá vitória ao sofredor;

Já que nos criou Para feliz vida eterna.

Entreguemo-nos a Ele com mui terno amor,

Porque se nos permite cair em densa caverna,

Providenciará um fanal pra escuridão interna

E a morte não roubará nosso eterno esplendor.

Sebastião Barros

07/01/2010

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 07/01/2010
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T2017145
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