Nascer Outra Vez
Nascer outra vez
Pelo caminho íngreme da desesperança
Nada via à sua volta, só olhava para o chão
Só enxergava os buracos, e as pedras da insegurança
Nada mais a sua frente via então
O caminho alongado, passos lentos, sem direção
Nunca chegava ao seu término, ao seu fim
Tudo não tinha motivo, ou expressão
A natureza morta, estava limitada para mim
As marcas do passado, cada vez mais profundas
Pedaços da alma, que ficaram perdidos
Amor, muito amor, mas muito pouco vivido
Só sulcos na alma, pelos caminhos sofridos
Só marcas restaram, do perdido, na procura
Pés pelas feridas marcados,e sangrando
Deixando, o rastro da desventura
Sem saber para onde vai, ou procurando
Mas, a natureza, é bela e, providencial
À beira do caminho, se apresenta como, miragem
Multicolorindo de flores, sua distância magistral
Que exalam o cheiro inebriante, em suas margens
Um choque, desperta o viandante, do cansaço
Que ergue a cabeça, e a sua volta, põe se a olhar
Vê seu caminho percorrido, passo a passo
Vê a beleza da vida, e começa a respirar
Vê, como é pródiga e majestosa, é a natureza
Como o belo produz, e tudo cria
Ouve-se o cantar dos pássaros, de seus acordes, a nobreza
Entoando as mais lindas melodias
O viandante, acorda para a vida, para o mundo
E vê a graça e a beleza que neles há, de expressão
Os olhos da alma, tudo vê em profundo
Na volta pelo novo caminho, encontra a reconciliação
Com seu interior, sua alma, e seu coração
Vêem, quanto tempo perdido em sua vida
Voltando com passos largos, na direção
Quer logo chegar ao ponto de partida
E, dizer que um novo homem nasceu
Pois, na sua caminhada, a providência o amparou
Que o velho homem morreu
E, o novo homem, os braços de Jesus encontrou.
S,J.R.PRETO, 19//11/08 – Nadjor -