O Cego de Jericó
Na cidade Jericó
Estava um cego esmolando,
Escutou o povo exultando
Num coro sonoro só;
Louvava ao Deus de Jacó
Com as mais belas canções.
Logo, o ceguinho ao escutar,
Apressou-se em perguntar:
Que são essas louvações?
É Jesus que vai passando
E o povo com ele vem,
Indo pra Jerusalém
Pelo caminho cantando.
De todos que vai encontrando
Ele expulsa a depressão,
Liberta da opressão
Que a muitos corpos maltrata,
E daqueles que têm falta
Ele lhes dá a visão.
Bartimeu logo que ouviu
Que Jesus assim fazia,
Que olhos aos cegos abria,
Pela fé logo sentiu:
Que uma esperança surgiu
Por Jesus que ali chegava.
Abriu sua boca e gritava:
Jesus filho de Davi!
Vê minha penúria aqui!
Porque nada ele enxergava.
Muitos quiseram impedir
O clamor de Bartimeu,
Mas ele não emudeceu,
Não cansava de insistir.
Jesus vendo-o persistir
Compadeceu-se e parou,
A Bartimeu perguntou:
O que eu te posso fazer?
Disse o cego: quero ver!
E sem demora enxergou.