O mar

O mar da vida se encontra encapelado?

Forte vento sacode a tua embarcação?

Tu resistes, mas resistes com grande aflição,

Mostrando-te com o aspecto desfigurado?

Não tenhas medo do mar porque está agitado,

Por empregares força do íntimo, sem medida,

Para que a embarcação pelo vento sacudida,

Suporte firme o balanço do agitado mar;

Provocado pelo vento forte a soprar,

Não deixando que tu vejas uma saída.

Sopra forte o vento e agita-se o mar,

Balança com força o teu frágil barquinho,

Causando-te feridas, dificultando o caminho,

Mas mesmo assim continuas a navegar?

Saibas que a vitória é de quem perseverar

Enfrentando do mar, com firmeza, o perigo.

Ainda que digam: isto é um castigo!

A misericórdia de Deus abre o seu véu

Para que suba a tua oração ao céu,

E venha a ajuda do Senhor, o teu amigo.

Era madrugada, e no mar de Genezaré

Os discípulos enfrentavam uma tempestade.

E para aumentar deles a ansiedade

Sentiam desfalecer do peito a fé.

Mas Jesus, o fiel mestre de Nazaré,

Veio socorrê-los andando sobre o mar.

Quando o viram sobre as águas caminhar,

Bateu-lhes um grande e terrível medo.

Jesus sem guardar nenhum segredo,

Disse-lhes: sou eu! E fez o vento se acalmar.

Estais pensando: Cristo não me ver!

O meu barco no mar vai afundando.

A cada momento que o vento vai soprando

Afogo-me nas águas do meu imenso sofrer.

Abre os olhos para que possas perceber

Que o teu forte Senhor está bem pertinho,

Guardando-te por esse árduo caminho.

Com poder ordena ao vento e ao mar:

Aquieta-te! Acalmá-te! E faz tudo sossegar,

Para que tu saibas que não estais sozinho.

(Sebastião Barros)

09/08/2009

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 09/08/2009
Reeditado em 14/04/2011
Código do texto: T1745128
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