A busca

Julgastes a este ser, por não ser quem é,

Procurastes á mim, sem que o achastes em si,

Buscai-me, sob não existir.

Vê sobre este ser, á mais que se tem,

a não ser, de não ter o que tem!

Palavras flutuam, como borbulhas no ar,

perdem-se sobre, a brisa do mar.

Buscai-me entre as pedras , que conchas há de encontrar,

por caminhos pedregosos, onde não há de me achar,

Pula, de salto ao mar, por onde ei de passar,

em que pegadas, minhas, o mar há de apagar.

Sobrevoe como pássaros, na esperança de me achar,

o vento o guiará, onde a escuridão não haverá,

senão por barulhos e a força do mar

talvez num lugar tão profundo, há de me achar.

O cheiro do mar, traz ao perfume o ar,

Conduz, a este ser, que se esquiva deu achar.

A forma serene, se for procurar, também, será fechar os olhos

onde irá me encontrar.

Madaya Silva
Enviado por Madaya Silva em 29/11/2021
Reeditado em 01/12/2021
Código do texto: T7396301
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