Resgate (Poema Espiritualista)
Enquanto caminhei cego penitente
por essas
paragens de pedras do não caminho
e tropeços
você sem tintas precisas me acalma.
Eu pintei relapso
um retrato histérico
de mim mesmo descuidado.
Errei tanto!
E o erro
me desdenhou
na cútis retesada da tela
de tempestades vis viris
agonizantes instantes
de solidão da vergonha.
Círculos da ilusão
vícios antigos
máscaras de escárnio desbragado
cegueira vozes vacilantes.
Mesmos gestos maternos
encontrarei
contigo também
um reencontro
sem desperdícios.
O amor sem remorsos
e adeus.
Trabalho
espera
perdão.
As lágrimas
digressões enfim
de alegria
e reconstrução.