Descanso da Alma (Que quer amar)

Colho pelo fruto errado que plantei,

Na ausência do certo em meu centro,

E cá dentro,

Sinto o pesar de tão tarde verdadeiramente amar,

E a procura pela minha redenção tornou-se a lágrima que precisava dançar,

Até cansar e nunca mais aqui ficar,

Pelas renúncias,

Tão grande o lindo sofrimento de desapegar-se,

Flagelo de minha consciência, fortaleza do meu pobre espírito,

Sem sinceramente me encontrar,

Mas não querendo sofrer por mínimo que seja,

Onde a angústia de, aparentemente estar só,

Faz-me querer em pauladas, ficar calejado no rumo de espinhos,

Pelo sangue que já foi derramado por mim,

Todavia, pelo suor que terei para derramar,

Pela lágrima que ainda terei que chorar,

Até entender que o meu riso, bem como a minha alma,

Não deverão morar aqui.

E eu espero ir para o meu descanso,

Por primeiro entender que, no exato instante,

Terei que deixar tudo para partir,

Até o dia que irei realmente morar onde terei que ficar,

E ironicamente sorrir para bem compreender,

Que eu não poderia ter sido feliz em nenhum outro lugar,

O céu, não sei quando, mas será o meu ponto final,

E, assim, o começo que derrotou o fim.

Lucas Bezerra
Enviado por Lucas Bezerra em 10/11/2019
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