Navegando

Mareio o mundo inteiro

Sou marujo, sou capitão

Moço de bordo , veleiro

navego o ano inteiro

Num barco de papelão

Feito de fé e vontade

sem leme e sem arpão

as minhas velas são penas

E se as coloco de lado

neste mundo atribulado

Não me deixo assossegar

e assim, vou as levando pro mar

As ondas batem de lado

Em vez de quebrar na quilha

De frente enfrento o vento

Neste mar esbravejado

Tomando sempre o cuidado

Com afinco, determinado

Brado quando avisto a terra

Do alto do mastro rei

Sem velas, porquê tê-las

Nem sinal de areais verei

E assim vou navegando

Por mares que desconheço

O meu destino é o começo

Onde não há ponto final

antonio noronha

25jul19