Viagem aos Céus

Não tema a morte jamais

O paraíso debela os véus

Nunca é tarde demais

De aceitar a ida aos céus!

A sinfonia da eternidade

Ouça ela, tão apaixonada

A vida cinge a identidade

E no horizonte é revelada.

Como uma intensa trama

Que feita de movimentos

Assim qual um drama

Carregada por sentimentos.

Escute o som dos anátemas

Eles nunca me são estranhos

Pois vivem nas entranhas

Até serem expurgados em poemas!

Meus anjos não mentem

A psicostasia é feita por Deus

Não é feita por outros

Os outros nunca me sentem.

Mas ele não pesa o coração

Ele conclui que a condenação

É quando o espírito apodrece

E quando o amor nele adormece.

Não confunda o julgamento

Os humanos julgam a todos

Incapazes de olhar ao firmamento

E no relento perceber a igualdade.

Nunca estaremos perdidos

Quando digo isso é verdade

Não há uma divina vaidade

Seus filhos nunca se dão por vencidos!

Não abrace o destino do abismo

O nada lhe drena para lugar tal

Que é eivado de pena e do mal

Evite o peso do obscurantismo.

Viva a vida que é contemplada

Aviva-te longe do marasmo

A ociosidade é ressentida

E o vazio é um eterno quiasmo.

Uma hora vai ser a derradeira

E assim como a primeira

Você vai expurgar a intensidade

Na última inspiração da realidade.

Por isso, lembre-se:

Não tema a morte jamais

O paraíso despe-se dos véus

Nunca é tarde demais

De lutar pelo caminho dos céus!

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 17/12/2015
Código do texto: T5482647
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