Viagem aos Céus
Não tema a morte jamais
O paraíso debela os véus
Nunca é tarde demais
De aceitar a ida aos céus!
A sinfonia da eternidade
Ouça ela, tão apaixonada
A vida cinge a identidade
E no horizonte é revelada.
Como uma intensa trama
Que feita de movimentos
Assim qual um drama
Carregada por sentimentos.
Escute o som dos anátemas
Eles nunca me são estranhos
Pois vivem nas entranhas
Até serem expurgados em poemas!
Meus anjos não mentem
A psicostasia é feita por Deus
Não é feita por outros
Os outros nunca me sentem.
Mas ele não pesa o coração
Ele conclui que a condenação
É quando o espírito apodrece
E quando o amor nele adormece.
Não confunda o julgamento
Os humanos julgam a todos
Incapazes de olhar ao firmamento
E no relento perceber a igualdade.
Nunca estaremos perdidos
Quando digo isso é verdade
Não há uma divina vaidade
Seus filhos nunca se dão por vencidos!
Não abrace o destino do abismo
O nada lhe drena para lugar tal
Que é eivado de pena e do mal
Evite o peso do obscurantismo.
Viva a vida que é contemplada
Aviva-te longe do marasmo
A ociosidade é ressentida
E o vazio é um eterno quiasmo.
Uma hora vai ser a derradeira
E assim como a primeira
Você vai expurgar a intensidade
Na última inspiração da realidade.
Por isso, lembre-se:
Não tema a morte jamais
O paraíso despe-se dos véus
Nunca é tarde demais
De lutar pelo caminho dos céus!