Sentido
Belém, 31 de março de 2015.
Eu joguei um punhado de terra
Imagino ser o fim de uma dor
Qual o sentido do novo ir primeiro?
É um fato fenômeno da pergunta
Um casebre que caiu com a chuva
Este sou eu diante de sua partida
Nasceu pra alegrar o meu dia
Nasceu pra ser utopia
Nasceu daquilo que seria
O auge da poesia
Se foi em uma ironia
Do barro agora não queria
Eu ponho culpa no que não posso ver
Deus dá-me um tempo.
Perdeu a cor o arco íris da tarde
Da manhã já não sinto o Sol
Da noite são os medos da memória
O tempo todo transtorno do que falta
Na cabeça a revolta do apego
Mar revolto a engolir os navios
Nascera para um projeto
Nascera de um amor mais perto
Nascera para me deixar certo
Que lindo seria o verso
Ficara porém o inverso
Mais que perfeito não foi começo
Não tem mais ninguém pra culpar
Deus podia te salvar acho eu
A voz não saiu para cantar
A estrada não teve um horizonte
Mas como se antes você existia
Qual o motivo de agradecer à vida?
Caiu a ficha o nome disso é Amor
Nasceu pois meu verbo é amar
Nasce porque vivo a admirar
E eu a buscar no meu respirar
Tá aqui o SENTIDO de ser e recriar
Deus senta aqui comigo
Bora conversar...