Arriégua!
Desceu na Paulista
Era filho de Deus
Mas gostava de preto
Era gente do gueto.
Mas desceu na Paulista
Para unir desiguais
Os fulanos e os tais.
Era filho de Deus
Era Cristo senhor.
Mas desceu na Paulista
Pra morrer por amor,
Pra mudar o governo
Dar à vida sabor
Era glória e louvor.
E desceu na Paulista
Com a palavra de Deus:
“Somos todos iguais”.
Resolveu na Paulista
Dar a vida de novo
Tudo em nome do povo,
O seu corpo na cruz.
Mas o sangue de Deus
Era sangue vermelho
Que aos olhos dos seus
Tinha que ser azul
De vermelho comuna,
Sacrifício não deu
E voltou para o céu.