É doente.
Crês em Cristo,
Crês num pai,
Crês num criador
e no diabo.
E da maldade, dos vícios do mundo
das mazelas sofridas
teu deus cuidará.
Criatura narcisista, se vê acima do bem e do mal.
Acha que nada nem ninguém pode te parar.
E pior, culpa alguém, ou agradece a alguém
por não saber lidar com os próprios atos.
Culpa da dor ou do seu intelecto?
Falas da morte como um recomeço
de uma vida que nem sabe se terás.
E por isso não vive a que tens, por crer que haverá mais uma.
Como pode amar um deus assim?
Por ser refém do medo?
Ou por temer sua tirania?
Por temer sua soberba?
Será que tudo isso não é maior que o amor que dizes que sentes?
Medo de ficar só,
Se sentir só,
Se sentir perdido
Cegar-se perante ao mundo?
Sair da caverna te falta, diz Platão
mas temes ser punido
temes não aguentar a dor
E teme que seja tão grande que queira morrer.
Mas te digo, já estás morto.
Te roubaram a paz, está vivendo em cárcere.
Preso num mar que você se afogou.
Achas que esse mar só te traz verdades,
mas ele te cega diante do mundo,
te torna o tipo de cego ignorante,
que se nega a enxergar.
Sabe esse amor que sentes por seu deus?
É patológico. Destrutivo. Destrutível.
Sabe o livro que tu diz pregar o amor?
Te deseja a morte, caso não concordes com ele.
Teu deus matou tua liberdade,
condicionou teu livre arbítrio
e tu ainda o ama e teme deixá-lo?
Perdão, isso não é amor.
A psicologia tem um nome pra isso.
Síndrome de Estocolmo.