Crianças de Realengo

Pensem nas crianças de Realengo

como anjos que voltam ao seu tempo

saudosas aos braços de Jesus.

E esqueçam o ato, o autor,

o infortúnio, o atirador

e tudo que ofusca a luz.

Elas, agora, habitantes do Céu.

Se delas, foi tirado o véu

jamais a esperança é extraída.

Pois nascidos eternos,

não é após o ventre materno

que vislumbramos a vida.

Pensem nas crianças feridas

tenra idade, mas missão cumprida.

Pois suas mortes despertam a atenção.

Se houve um tiro certeiro,

não foi o último, o primeiro,

mas o que atingiu nosso coração.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 09/04/2011
Código do texto: T2898206
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