O poema do criador
Olhar o infinito,
Saber que tudo que não vejo,
Disseram-me um dia! “não tem fim”
E me sinto pequeno.
Perdido naquela imensidão,
Vagueia meu pensamento.
Vivo às vezes invento.
Berro em todas as direções...
Grande é o infinito!
Meus olhos cansados,
Auxiliados por lentes,
Vidrados, por vezes censurados.
E eu ainda emocionado,
É o infinito em minha frente.
Eu ainda sem acreditar...
Continuo ali, olhos sem piscar.
Pedacinho de Deus ali tão pertinho,
Olho como cresce a vida,
Até faço preces,
E eu ainda sem acreditar...
Estrelas, luas, planetas...
Infinidade de cometas.
Eu ali poeta, olhando pra cima,
Milhões de inspirações.
E eu ali poeta,
Pensando em minhas lamentações.
Se um dia quis mudar,
Essa era minha chance.
Era a vida a me chamar,
Hora de recomeçar, viver!
Eu ali postado, presente do criador.
E em minha face o maior poema já terminado...
Allan Ribeiro Fraga