Colóquio com Deus
Oh cordeiro amado, teus poemas, vigia-os no coração,
manso, meigo e temente ao teu misericordioso Criador,
não do Alto, nem do lado, fluo de dentro da tua emoção
no riso sonoro,que peço atentares e ouvires com amor!
Como o Pastor eterno, rascunhei e te delineei no molde
mais amoroso com que um pai zela da sua amada prole,
guiando a cada instante teus passos na luz, sem alarde,
na voz do tempo, da paz e esperança na tua boa índole!
Nos terríveis desalinhos, que porventura esbarraste,
esmorecendo teus anseios mais íntimos,todos pedoei,
e a tantos erros mais na tua lida missionária,acredita,
purificados todos estarão na fé com que te abençoei!
Não te sintas ínfimo na pequenez do coração singular,
és uma de minhas ovelhas,herdeira de dons d'Encanto,
a mim ungida por anelos do Misitérioso florescimento,
não te cabendo temor,dúvida ou fadiga. Sou o teu Lar!
Continua pois, errando,cantando,vivendo e sonhando,
nossos rumos os mesmos, nosso amor o mesmo amor,
nos ligará eternamente, ovelha minha, filha no bando
que andarilha na luz em troca de paz e pureza de flor!
Faça teus poemas a mim sorrindo a cada alvorecer,
reverenciando tempestades e percalços que vierem
e nas faces de cada irmão que beijares,verás crescer
a satisfação Paternal por me sentir beijado também!
Santos-SP-17/10/2006