CHUVA
Cai a chuva pela terra
Relâmpagos pelo céu relúz.
Faz-me lembrar um dia já passado,
Por ter a história do mundo transformado
O dia em que morreu Jesús.
Quando na cruz o Mestre agonizava
O céu azul, em negro transformava,
Toda a Terra estremeceu.
Ribombaram trovões, gemeu o vento,
A natureza como num lamento
Dizia: Jesús morreu.
Chuva, vento, tempestade.
Caindo pelos campos e cidades,
Caiu também sôbre a cruz.
E a água cristalina
Naquela hora divina,
Lavou as chagas de Jesús,
Chuva abençoada que desce sôbre a terra
Molhando cidades, campos e serras,
Tudo faz renascer de novo.
Me representa que estas águas
São prantos que dos olhos do Senhor deságua,
Chorando ainda pelo seu povo.