EXISTÊNCIA
Corria eu pela estrada.
Cansada,
deitei no pó do chão
amparada
no regaço da Grande Mãe,
Terra Divina, Sagrada.
Salve Gaia, mãe de todos os corpos,
madrinha de todas as almas:
das livres, das alegres, das infelizes,
das pobres almas penadas,
todas que seguem pela mesma estrada
onde eu, cansada,
deitei misturando-me ao pó do chão!
E aqui, sob o sol e sob a lua,
seguindo o pulsar da vida,
nas sombras do fim do dia,
nos raios de luz da alvorada...
sei que sou e que somos tudo,
e ao mesmo tempo, somos nada.