Flor de Plástico

Fujo de mim

Vou para um lugar distante,

Onde possa derramar as minhas dores

Um lindo bosque,

Com imensas flores

E de uma luz intensa qual diamante

E ao caminhar nesta relva por tempos inconstantes,

Perderei-me na multiplicidade de suas cores

E esquecerei de mim

E esquecerei das dores

E esquecerei do tempo e dos meus amores...

E todas as mágoas serão apagadas

E as lembranças serão aplacadas

Então, quando tudo estiver consumado,

A flor de plástico, que eu sonhei, será formada

Sem cores,

Sem dores,

Sem amores,

Sem nada!

E não haverá beleza,

Nem sentimento

Será tudo neutro

Sem tormentos!

E não mais hei de haver:

Serei eu assim um super-homem,

Ou serei um super nada?

Desculpe meu Deus por tais sentimentos

Traga-me de volta os meus tormentos

Desfaça essa flor

Que não murcha

Mas que também não cresce

Desfaça meu Deus

Peço-te em uma preçe:

Eu sofro,

Mas eu quero é viver.

Eduardo Cesar
Enviado por Eduardo Cesar em 20/05/2009
Reeditado em 03/01/2015
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