A VIDA POR UM FIO
Hoje o meu coração se entedia
E eu vejo no suor das minhas mãos
A vaidade de lutar sem a força do Senhor.
As portas são fechadas
E quando consigo abri-las
São mais pesadas que os céus.
Ao fechar um abismo em minha frente
Dois são abertos ao meu lado.
Ao fugir de um tigre às minhas costas
Dois leões se levantam à minha frente.
Os meus soluços noturnos
Ao deitar ao travesseiro
São a canção que eu ouço de consolo.
A minha dança
É o tombar trôpego do meu andar indeciso.
As minhas mãos pesam qual chumbo e os meus joelhos vacilam.
Composta em 1997