Vãs Palavras
Quão tolas são as palavras...
Que tentam desabafar a ilusão
Que tentam exprimir o golpe
Que recebeu este frágil coração
Ah, o que me resta mais viver?
Quando já se perde os sonhos...
E os que tento vivenciar me humilham
Jogando-me covardemente ao chão!
Duro é escolher
Entre dois caminhos com fins desconhecidos
Sou cega e impotente a dar o primeiro passo
Independentemente do que eu faça
Sei que mais cedo ou mais tarde meu coração chorará
Pois parece que o destino a mim reservado
É mesmo o de chorar
Em um triste e cinza presente me encontro
Estou parada, entre duas estradas
Em ambas as quais ainda me acovardo a por meus pés
Deus vela por mim, mas por hora me esqueço d’Ele
Sei em qual estrada Ele me quer ver andando
Mas o certo é sacrificante e incerto
E o errado mais me atrai
Triste felicidade que me trai!
Quando por uns instantes me deparei com a felicidade
Descobri que era inválida
E que minha estrutura não suportaria
Tamanho peso de suas desastrosas conseqüências
Lágrimas só geram mais lágrimas
Sorrir, só de coração apertado
O rosto de Deus deve para mim estar de lado
Porque por hora me desatento a ele
Deus, ilumina mais uma vez
Esta alma que se escureceu
Arraste este ser ao caminho Teu
O caminho que olho sem coragem de andar
Depois que essa outra estrada apareceu...
Ninguém mais poderá me ajudar
Estou intacta e sem vida
Carregando um coração duvidoso,
Uma mente confusa,
Uma alma sofrida...
Já muito procurei encontrar a felicidade
Mas logo ela me escapa das mãos
Então no triste calabouço permaneço
Esperando dos dias e das horas, a consumação
Ah, tolas palavras...
Vãs palavras...
Só Tu, Altíssimo, as pode compreender
Porque mais do que palavras Tu sabes ler...