Nem sempre, nem jamais

Tenho em mim um alento.

Triste.

Como quem pisa um abismo.

Uma náusea.

Um tormento.

A boca em chiste.

No olhar o marulho

Do afogamento.

E esta corda fremente

Que me prende ao cais

Foi rompendo rente.

Como um alívio ancorado

Numa vaga solta

E da terra ausente.

Tão precário, tão presente

Nem é sempre nem jamais.