Nem mesmo a canção parece querer acariciar-me...
Degusto goles de safra abatida!
Safra de vida sem vida!
Experimento o sabor amargo do meu âmago.
Ouço uma musica antiga
Nem mesmo a canção parece querer acariciar-me...
Ela insiste no ardil de minha historia fracassada.
A melodia surge como ondas revoltas
Batem nas encostas de minha alma
Fragiliza-me.
Tranca-me em um calabouço frio, escuro, úmido!
Lágrimas vertem na imensidão desse vazio...
Os músicos silenciam-se no velho disco de vinil
Se vão, sem aplausos, cabisbaixos,
Quisera eles, abraçar um leve riso meu!
Sou só eu agora...
E o teu cheiro mágico, criado pela minha alquimia...