Ainda dói
Por teu amor, deitei em espinhos.
Senti o sangue escorrendo em minha costas.
E por tempos, achei aquilo tudo singelo e devotado.
Era um bêbado desfilando em um trilho de trens.
Esfera perfeita a espera do tocar luminoso.
O garoto feliz por ter finalmente, a bola que tanto desejou em seu aniversário.
Ingrato destino, fizeste de mim aprendiz.
Fui um bom garoto, fui um mau rapaz, um abrupto marido.
Eu tentei...
Juro que tentei e hoje, acabei me tornando "alguém seco".
Tornar-se-ia árvore desfolhada,
Herança deserdada, cachorro abandonado.
Os erros, estes mútuos, fizeram da despedida, uma verdade.
O amor, esse existiu, só lhe faltou piedade.
Desistiu tão fácil e arrancou de mim a "minimalidade".
Onde os acertos não são suficientes e a vontade de ir embora e sobressalente.
Chanceler crivo