"toalha posta"

Manhã disposta...

Céu aberto e azulado;

Lá dentro, cheiro bom de café novo;

Sobre a mesa, a toalha branca posta.

Esperei aquela cadeira ser ocupada,

Continuava vazia...

Não vieste fazer-me sorrir;

Sofri!

Núm lado da mesa, eu...

N´outro, a ausência zombando da minha solidão.

Vês por outra, o vento resvalava na pétala;

Deixada ali propositalmente para enfeitar.

Cheiro de perfume de mulher, não existia; ela não veio.

Inerte, a toalha posta...

Esperando aquele momento de risos e ternura;

Cuidei, arrumei tudo com muito zelo.

Nunca mais pus a toalha branca.

Guardada está n´um baú fechado;

Sem as marcas que deveriam ter daqueles momentos...

Um dia, retiro-a de lá para lhe da vida.