A TEMPESTADE

Foi um querer quase pálido

A recusa ficou abaixo

Da pequena camada de poeira

Mas aconteceu.

Dias se passaram e a comida

Cada dia mais insonsa

Tempo amigo da onça

Tapas nas costas e traição traçada

E foi assim

A tempestade toda tarde

Se anunciava.

Chegou o dia

A rima que antes nem precisava

Teve a falta sentida

Contração no peito

Vômito de ressentimentos

E a porta da gaiola aberta.

O jeito, o único jeito

Foi sair e enfrentar as trovoadas

Juntando-me

Aos pássaros em revoada.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 10/12/2022
Código do texto: T7669030
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