Ficar sozinho
Sopra vento, vindo do monte
Sussurre nos ouvidos, com uivo,
As palavras que tenho gemido
À quela que caminha ao longe.
Levem as chuvas os pensamentos
E as batidas do meu coração.
No compasso que toca a canção
Ao reger por ela meus sentimentos
Queime fogo do amor ardentemente
Torne em brasas meu peito doente
antes que finde a tarde em sol poente.
Ao cair das cortinas da canção
A terra engolirá as marcas da ilusão.
A minha autoinfligida condenação
Gabriel Alves