Preto cor como raiz na dor.
Ser preto e configurar-se como negro, talvez seja uma dessas viagens a bordo de um navio que já perdura cinco séculos de dor. Ser negro, preto, pretinho, quase sempre configuram-se lembranças que nos interiorizam enquanto ser.
Ao mundo negro, as viagens são nebulosas, as dores tornam-se calos presos nos corpos suados aos montes, num simples dia de trabalho. Corpos negros funcionam como carnes vendiveis a céu aberto.
Corpos negros sentem os cânticos africanos em sua pele banhada pela dor tropicalia, regadas por um racismo que corta a liberdade de gritar para o mundo.
Preto cor é uma raiz que não tem sentido, sem uma África crescente. Corpos negros, são frutos de uma resistência diaria.
Preto cor como raiz da dor, nos aprisiona no reconhecimento de um habitat racista.
Preto cor é a raiz da liberdade na resistência.