Poeira e Brisa - Nada mais resta em mim
“De repente a música que eu ouço não seria mais tocada para nenhuma pessoa.”
Catcher in the rye - GNR
O tempo cai
Enquanto estou partido
Do mundo saio
Até ficar totalmente sozinho.
No anoitecer não há mais estrelas,
No crepúsculo não há mais luz,
O universo não mais existe,
Tudo... pouco a pouco
se torna escuro.
“Eu tentei lutar
O máximo que podia,
Eu tentei enfrentar
O monstro que engole a noite e o dia!”
Mas para que tentar?
Se tudo tem o mesmo destino?
O tempo se levanta,
Passando... aceleradamente!
Os segundos correm
Até que de pensar...
Para minha mente!
No dia... não há mais um Sol que reluz,
Na noite... não há mais uma lua que mingua,
A galáxia não mais expande,
Enquanto fecham-se todas as cortinas.
“Eu tentei parar
O mínimo que podia!
Eu tentei enfrentar
O monstro que vomita a morte e a vida!
Mas para que batalhar?
Se no fim, para todos não haverá saída?
No fim...
Não haverá mais músicas,
as canções serão esquecidas...
As letras apagadas
Enquanto silenciadas...
Serão as melodias!
No final,
A pena com qual escrevo,
Perderá o vermelho de sua tinta.
O furacão de uma alma atormentada...
Será amortecida...
Até que volte a ser novamente,
Poeira e brisa!
RS Schindler (Renan Souza) – 17/09/2022